profissão jardinagem vem dando sinais de grande crescimento, pois esse ramo está  presente nos setores primário, secundário e terciário, proporcionando  diversificação e grande desenvolvimento global da atividade. Nesse contexto,  surge a necessidade da prestação de um  serviço especializado para fazer frente a uma demanda cada vez maior e mais exigente. Esse fato vem impulsionando o setor de prestação de  serviços, tanto nas frentes de planejamento, como de implantação e  manutenção de jardins, em diversas regiões do país, o que propicia ações  empreendedoras nas suas mais diferentes formas e tamanhos. Daí a necessidade de o jardineiro se preparar tecnicamente para se destacar nesse mercado tão competitivo.

Mercado de trabalho
Quanto a atuação do jardineiro no mercado, o  segmento mais importante, em termos de volume de serviço, é o de jardins residenciais, dos mais diversos portes. A falta de profissionais gabaritados para o manejo de jardins residenciais obriga muitos a contratarem os serviços de trabalhadores ou prestadores de serviços sem  qualificação, os quais, pela própria falta de conhecimentos a respeito das  técnicas de jardinagem, acabam fazendo um serviço demorado e de baixa  qualidade, embora, em um primeiro momento, pareça de menor custo. Os  jardins institucionais e de empresas também constituem um bom  segmento de atuação, merecendo atenção do profissional. No entanto, como já dissemos, a capacitação profissional do jardineiro se faz estritamente necessária, já que o mercado para essa profissão é bastante acirrado.

O perfil do jardineiro 

Quanto mais o jardineiro se envolve com as plantas, mais conhece  seus segredos e maior prazer sente em cultivá-las. Por outro lado, saber combinar as plantas no jardim é uma arte e uma técnica que pode trazer enorme carga de satisfação para o jardineiro e seus clientes. Além disso, o planejamento, a implantação e a manutenção de um jardim  necessitam não somente do bom gosto do jardineiro, mas também de uma série de técnicas adequadas. Estas técnicas irão proporcionar não somente a  harmonia como também a beleza e o equilíbrio na composição do jardim. 

implantação de um jardim exige planejamento logístico, preparo  adequado da área e técnicas de plantio, que dependem de cada espécie de planta escolhida. Isto sem falar dos três fatores mais importantes na definição das espécies vegetais a serem utilizadas em um jardim que são  luminosidade, clima, e tipo de solo. Depois da montagem, é preciso que o jardineiro faça a manutenção do jardim por meio de  tratos culturais adequados como: nutrição por adubação,  controle de pragas e doenças, podas, irrigação, entre outros.

“O trabalho de implantação e manutenção de jardins exige, além da capacitação do jardineiro, do bom gosto e da dedicação deste, uma série de instrumentos e ferramentas que devem estar sempre à sua mão e bem conservados”, afirmam os professores Eduardo Elias Silva dos Santos e Vânia Silva, do Curso Profissionalizante de Jardineiro, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

Escolha das ferramentas

Um bom jardineiro deve escolher as ferramentas com cuidado, pois estas servirão não somente na implantação do jardim, como também serão utilizadas na manutenção deste. A aquisição deverá ser feita tendo em vista o trabalho a ser realizado e é de fundamental importância que o jardineiro saiba como usá-la adequadamente,  como fazer sua manutenção, limpeza e conservação.

Marca e material

Marca – verificar a quantos anos a marca atua no mercado e qual sua aceitação perante o público, por exemplo: é competente no “pós-venda”?
Material – as ferramentas de aço apresentam maior durabilidade, no entanto, grande parte das ferramentas são feitas de materiais que variam de acordo com sua função e uso.

Dicas – manuseio de ferramentas

- O jardineiro deve ler sempre o manual de instruções antes de utilizar qualquer ferramenta, máquina ou equipamento. Lá ele irá encontrar informações adequadas e precisas sobre uso, limpeza, manutenção e conservação destas;
- O jardineiro capacitado não deve se esquecer de utilizar o equipamento de segurança recomendado para cada ferramenta, como botas, capacete, luvas, óculos, perneira, entre outros;
- As ferramentas de inox com cabos de plástico podem ser lavadas , normalmente, com água e sabão. O jardineiro deve se lembrar de enxugá-las antes de guardá-las junto às outras ferramentas para que não levem umidade para o local de depósito;
- As tesouras de poda e outras ferramentas que apresentem juntas e articulações devem ser limpas e lubrificadas com óleo de máquina. Deve-se aplicar à sua lâmina anticorrosivo após o uso.

Avaliação do estado do jardim 

Ao ser convidado a prestar seus serviços, o jardineiro, salvo algumas situações excepcionais, deverá lidar, basicamente, com três modalidades:

- Implantação (montagem) do jardim onde, a partir de um plano pré- estabelecido (um projeto), inicia-se da estaca zero e monta-se um jardim;
- Reforma de um jardim existente, visando a um novo visual ou buscando fazer correções de problemas decorrentes da situação atual, como por exemplo, fazer uma drenagem em uma região de alagamento, mudar umas plantas de local (transplante), trocar uma espécie de grama, entre outros;
- Assumir a manutenção de um jardim já estabelecido, executando periodicamente os tratos culturais adequados a esse tipo de serviço como podas, nutrição, controle de plantas invasoras, de pragas e doenças, limpeza, irrigação, entre outros.
 O jardineiro deve executar periodicamente os tratos culturais adequados como poda e irrigação do jardim
 O jardineiro deve executar periodicamente os tratos culturais adequados como poda e irrigação do jardim
Orçamento 

Tendo feito a avaliação e obtido todos os dados necessários, o jardineiro deve elaborar a proposta orçamentária (orçamento), que deve ter as seguintes características:

- Deve incluir todos os itens necessários a uma boa prestação de serviço;
- Deve ser claro, objetivo, detalhado e honesto;
- Deve estar dentro de preços praticados no mercado local;
- Os preços propostos devem permitir margens para negociação. É bom mostrar flexibilidade nas negociações, sem, no entanto, deixar de ser lucrativo. Lembre-se de que negócio bom é quando é bom para os dois;
- Defina e cumpra o prazo de entrega da obra e dimensione o tempo que será gasto, sempre com uma folga, pois imprevistos sempre ocorrem. É melhor terminar o trabalho antes da data prevista do que ter de prorrogá-lo;
- Defina a forma de pagamento ou deixe em aberto para negociar no fechamento do negócio (ex: forma de pagamento: a combinar);
- Diferencie preços praticados em diferentes situações: existe preço para serviços esporádicos e para um contrato de manutenção mensal ou semanal.

fonte http://www.cpt.com.br/artigos/